Terça-feira, 17 de Agosto de 2004
À chuva
À chuva
Navego no sonho pelo real
Mergulho em odores de sabor
Inundo o pensar de sentir
Nado em ruínas de esperanças
Bebo das pressões de desejos
Verto lágrimas em sorrisos
Salpico os ódios de amores
Afogo tristezas no porvir
À chuva
Renovo a alma em pingos
Em crescimento gota a gota
Nos sonhos de ilusões e mar
Alio a liberdade de rios
À solidez [solidão] do gelo
Converto-me então em água
Deixo-me levar pela corrente
Vivendo uma vida de marés
À chuva