Sábado, 30 de Outubro de 2004
Inexplicável tristeza
[...]
Inexplicável tristeza
Na solidão premeditada
Que não mostra a fraqueza
De embora triste ser cantada
[...Tristeza renascida da ausência de quem nos quer bem...]
Sexta-feira, 29 de Outubro de 2004
Devora[-nos]
Devora[-nos] o instante
A passagem do tempo
Eternamente constante
Devora[-nos] o sentir
A urgência do vento
Eternamente a dissentir
Devora[-nos] a vida
A loucura dos sonhos
Eternamente esquecida
Quinta-feira, 28 de Outubro de 2004
O-[dis]-posto
Cego o simples desejo
De se querer o oposto
Apetecendo o disposto
Pretendo o que almejo
Já nem sequer [pre]vejo
O todo do sonho deposto
Temo apenas o desgosto
Para além do que ensejo
Quarta-feira, 27 de Outubro de 2004
Sou
Sou
[Sou]
Já me canso pelo ser
[Ser sem razão de ser]
Por não existir o que é
[É o que não quer parecer]
Saudades eternas o são
[São infinitas por o merecer]
Por não sentir o que somos
[Somos... nada temos a perder]
Terça-feira, 26 de Outubro de 2004
Há dias assim...
Há dias
Em que só uma lágrima
Nos serve de consolo
Todas as palavras são vãs,
Todos os carinhos inúteis
Há dias
Em que nada nos anima
Onde perdemos o controlo
Esperando pelas manhãs,
Sentindo-nos apenas fúteis
Há dias
Em que sente uma lástima
Onde se leva longe o dolo
Vivendo as loucuras sãs
Que só desejam ser úteis
Segunda-feira, 25 de Outubro de 2004
...Divagando...
[...]
Memórias que se cruzam
Em sonhos que padecem
De ser bem mais reais
Que a própria realidade
[...]
Sábado, 23 de Outubro de 2004
Dizer adeus
Não pretendo dizer adeus
Nem sequer me despedir
Não deixo os sonhos meus
Que em versos tento medir
Não pretendo dizer adeus
Nem sequer me desculpar
Não deixo os sentidos teus
As mil esperanças espolpar
Não pretendo dizer adeus
Nem sequer me esconder
Mas não deixo ensejos seus
Aos meus desejos responder